Louvor e música

Esse post é uma resposta à pergunta “Vi no seu post que você acha o “louvor” das igrejas insuportável. Por quê?

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Fico feliz de alguém ter levantado o assunto, pois o “louvor” é um assunto que tem me perturbado há um bom tempo. Antes de escrever preciso deixar claro que meu objetivo não é escarnecer. Não sou contra música na igreja, sou contra aquilo que se faz com a música, e como se faz música na igreja.

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Primeiro: Louvor não é música. Infelizmente na cristandade essas duas palavras são praticamente a mesma coisa. Louvar é cantar e cantar é louvar. Não poderia estar mais errado. Louvar, de acordo com o dicionário, significa Exaltar, glorificar. Dispensar elogios a alguém. Deus disse através dos profetas que não queria ser bajulado, antes obedecido e amado. Cristo disse o mesmo. Portanto louvar não é elogiar a Deus com palavras, mas exaltar (engrandecer) Deus com a sua vida. Você pode louvar a Deus com música, com choro, com riso, com atitudes, em conversas, no trabalho...enfim, há várias maneiras de louvar. Então de uma forma bem prática, louvar (ou adorar) é imitar. Se você imita Cristo você está louvando. Até aqui creio que não falei nada de novo. Até aqui creio que todos concordamos.

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Então a primeira coisa que gostaria que ficasse claro é que louvor não é música; não é aquilo que se faz depois da oração e antes da pregação. Louvar não é recitar poesias para Deus nem elogiá-lO excessivamente. Se Deus quisesse ser bajulado Ele teria dito. Deus não está interessado em pessoas que O honrem com os lábios, mas sim com as escolhas. Aliás, chamar música de louvor é algo recente. A liturgia protestante (música, oração, sermão, anúncios à congregação e despedida) não provêm da Bíblia, mas sim das Missas Católicas, que durante a reforma não foram reformadas. A maioria das práticas atuais da igreja evangélica é pagã, inclusive a do “louvor”. O modelo de cantoria que se tem na maioria das igrejas evangélicas hoje em dia não é Neotestamentário, e sim pagão.

A congregação do povo de Deus chegou a ser um mero espectador, não apenas no ministério oral, mas também no musical” – Edward Dickinson, O Estudo da História da Música.

“Tragicamente, esta característica [louvor musical] foi retirada dos templos de Diana e dos dramas gregos e transportada diretamente para as igrejas!”, – Frank A.Viola, Cristianismo Pagão.

“A origem da equipe de louvor remonta à fundação da Capela do Calvário em 1965. Chuck Smith, o fundador da denominação, começou um ministério para hippies e surfistas. Smith convidou hippies convertidos a tomar suas guitarras e tocar sua música agora redimida na igreja. Ele deu à contra-cultura uma base para sua música – permitindo-lhes tocar e fazer exibições aos domingos pela noite. A nova forma de música começou a ser chamada de ‘louvor e adoração’” – Michael S. Hamilton, O triunfo das músicas de adoração.

“Alguns tentaram arguir que os cristãos herdaram os corais e os cânticos da sinagoga judia. Mas isto é altamente improvável, pois no século III e IV os cristãos copiaram pouco ou nada dos judeus. Pelo contrário, eles absorveram pesadamente a cultura greco-romana que os rodeava” – A Música através dos tempos.

“O sistema musical grego foi o precursor da música nas primeiras igrejas cristãs, essa linha permanece irrompível desde a Grécia, passando por Roma, pela Idade Média, até os dias de hoje” – Como a música cresceu, p. 71.

(Todas as citações foram retiradas das referências bibliográficas do livro Cristianismo Pagão, de Frank A. Viola. Recomendo a leitura)

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Cantar para Deus é Bíblico, ter ministros de coral e banda de louvor não é.

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Diante da história fica difícil de engolir que o “ministério de louvor” teve início no coração de Deus ou nas páginas do novo testamento. Na verdade, não há um versículo sequer na Bíblia toda que apoia tal “ministério”, nem um. Cantar com a Igreja é bom. É muito bom! Mas chamar isso de “ministério” ou dizer que Deus nos separou para fazer tal serviço é besteira. Para o choque de muitos digo isto: Ministério de louvor não existe. Não é Bíblico. Não é cristão. É invenção de homens. É costume pagão que os protestantes herdaram dos Católicos que herdaram dos gregos e romanos. Ministério de louvor não pode ser provado pela Bíblia. Se você crê que o seu ministério é tocar no louvor da sua igreja, desculpe, você está enganado e não tem como provar o seu argumento. Se você se acha levita, separado por Deus para servir, leia novamente Hebreus e 1ª e 2ª Pedro. Levita só se for da tribo de Levi. Levita não só cantava, mas também oferecia sacrifícios no templo. Se você quer ser levita, primeiro, construa o templo do antigo testamento. Segundo, ressuscite o sacerdócio que Jesus Cristo cravou na cruz. E terceiro, vá para Jerusalém fazer os sacrifícios. O sacerdócio levita acabou. Levitas não existem mais. Povo separado por Deus que conduz os fiéis em adoração não existe mais, estamos debaixo de outro sacerdócio agora. É um erro Bíblico chamar alguém de levita.

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Cantem, sim, cantem! Adorem, louvem com hinos, com cânticos, com tudo o que há em vocês, mas façam com singeleza de coração e não chamem isso de ministério de louvor, nem de louvor, apenas de música para Senhor! Mas saiba que a música não é uma parte necessária do culto. Um culto pode ser um culto sem música. Essa necessidade de música antes do culto não foi instituição de Cristo, nem de Paulo, foi dos Católicos.

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Infelizmente na maioria das igrejas evangélicas, o culto só pode ser culto se houver música (de preferência do começo ao fim). Em algumas denominações mais “descoladas”, geralmente aquelas que tem o foco nos jovens, como Zadoque, Bola de Neve, Renascer...entre outras, a música é a parte essencial da liturgia, podendo levar até uma hora de músicas. “Mas qual é o problema nisso” você pode dizer. Bom, o problema é que Jesus deixou de ser o motivo principal da reunião. A música tomou o Seu lugar. Como meu amigo diz, “isso é musicolatria”. Estou mentindo? Quantos jovens continuariam na igreja se os “ministérios de música” acabassem? E se não houvesse mais shows gospels? E se o púlpito deixasse de ser um palco? Quantos jovens ainda congregariam?

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Quantas pessoas foram seduzidas à igreja pela música? Muitas, eu digo.

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O “louvor” das igrejas modernas é mais usado como instrumento de hipnose, para levar os fiéis a um estado emocional dramático e histérico, e então logo após, ou até mesmo durante, fazer o seu apelo para dízimos e ofertas. Veja você mesmo! Quantas denominações você já não visitou, que enquanto o pastor fazia os apelos de dízimos e ofertas havia uma música melódica tocando no fundo? Eu já vi muito disso. Pergunte-se, você não acha conveniente que geralmente há uma música comovente durante as petições de dinheiro, e também durante muitas pregações? Mas claro que haveria! A música tem esse poder. “Porque a música é o único dispositivo que naturalmente sincroniza o cérebro, fundos musicais diferentes podem ser usados ao longo de nossas vidas para ajudar o cérebro a alcançar qualquer estado mental desejado”, Barbara Bullard, The Mozart Effect (Artigo médico sobre o poder da música)

[Para mais informação sobre a influência da música veja The Mozart Effect, O efeito Mozart, de Don Campbell, e também Binaural Beats.]

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Sinceramente, o “louvor” das igrejas modernas tem vários propósitos, mas dentre eles não está o de adoração. O “louvor” está mais para um “esquenta” do que outra coisa. Atualmente ele é usado para manipular, emocionar, esquentar o povo, atrair os jovens, passar o tempo, promover o nome da denominação, entreter, entre outros, mas adorar? Não. Porque os pastores não tem mais o que pregar, deixam os “ministros de louvor” tocarem à vontade, assim, emocionando o povo com melodias bonitas, qualquer coisa que eles disserem será crido e confirmado com vários “aleluias” e “améns” em meio a muitas lágrimas.

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É uma terapia psicológica. Todos choram suas dores comovidos por uma linda música e tocados pelas palavras de autoajuda do pastor, e depois dizem que foi um mover de Deus. Foi nada. Mover de Deus seria se todos se arrependessem de seus pecados, confessassem e mudassem de vida; mover de Deus seria se todos pudessem se ver como Deus os vê. Chorar não é sinal da presença de Deus. Aliás, histeria e falta de domínio próprio é o sinal da não-presença de Deus.

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Uma das primeiras coisas que aprendi na minha vida cristã é que louvor com música não é ação, é reação. Eu reajo à grande alegria que está em mim e canto. O motivo da minha cantoria é o transbordar de gratidão e alegria que não posso mais conter dentro de mim, e por isso canto. Eu canto porque a minha alma quer cantar, não porque é hora de cantar! A liturgia moderna não permite essa espontaneidade, ela dita quando você deve cantar, bater palma, dizer Uh-uh-uh-uh e pular. E ai se você não participar! “Cristão frio!” Se você ficar sentado e não interagir com o programa da igreja você é considerado frio, sem alegria. Numa igreja evangélica você não tem querer, ou participa do esquema e faz como te mandam, ou o pastor te olhará de canto. Estou mentindo? Não é assim na maioria?

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Mas irmãos, cantar não tem hora marcada. Louvor não é ação, é reação. Muitas vezes eu simplesmente não quero cantar. Não estou bem, estou triste, com problemas e não quero cantar “celebrai a Cristo, celebrai”. Simplesmente quero ficar sentado sozinho e não quero cantar; nem muito menos que alguém fique do meu lado me incentivando a participar de algo que não está em mim! Esse é o problema de cantar com hora marcada: é fingido.

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Música deveria ser espontânea entre o meio cristão.

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Sem contar o tipo de música que andam cantando por aí. Só se canta na primeira pessoa do singular, “eu”. Eu quero, eu preciso, eu determino, eu mando, eu gosto...O que aconteceu com “nós”? Os “hinos” e músicas modernas são uma heresia pura. De Bíblia não tem nada. Encontrei em um blog um parágrafo sobre o assunto que descreve perfeitamente o que quero dizer, porém não conheço o autor: Pois é, numa liturgia preponderantemente hedonista, os evangélicos são extravagantes, querem de volta o que é seu, necessitam de restituição, determinam a prosperidade, tocam no altar, pedem chuva, cantam mantras repetitivos erotizando sua relação com Deus, desejando da parte do Criador, beijos, abraços e colo”

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As músicas evangélicas modernas estão mais para mantras hindus do que qualquer outra coisa. Letras não pensadas e nada Bíblicas são predominantes. Não citarei nomes de bandas porque não quero criar controvérsia desnecessária, mas fatalmente as letras os denunciarão.

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Há uma banda que canta, da perspectiva de Deus, o seguinte refrão: Eu acredito em você...o meu amor é incondicional. Olha só, agora Deus acredita na gente! É por isso que Ele teve que esmagar o próprio Filho na cruz, porque Ele acreditava na gente! Deus acreditando nos homens, não é isso que leio na Bíblia. Há outra que diz: Faz chover, abre as comportas do céu e faz chover. Ora, Deus já fez isso, essa história está relatada em Gênesis, está escrito naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites” Será que as pessoas sabem o que estão pedindo? Outra diz “restitui, dá de volta o que é meu”. Irmãos, a única coisa que é nossa por direito é o pecado. Se Deus fosse nos “dar de volta o que é nosso” ele nos devolveria a culpa do pecado; se Ele fosse nos “restituir”, Ele nos restituiria da nossa natureza caída. Será que as pessoas sabem o que estão cantando quando estão exigindo de Deus aquilo que lhes é por direito? Outra diz “quero tocar no teu altar”, no antigo testamento algumas pessoas que tocaram as coisas sagradas morreram na hora. Você quer realmente tocar as coisas santas?

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Outra banda diz repetitivamente, também cantando da perspectiva de Deus, algo que não aconselho ninguém a fazer, o seguinte refrão: “Eu Sou”. Alguém ainda lembra dos dez mandamentos onde diz “não tomarás o nome de Deus em vão”. Creio que ficar gritando esse refrão em um show de rock se encaixa nesse patamar. Duvido que aqueles que estão cantando isso, no momento em que cantam, estão pensando e considerando todas as coisas do Altíssimo, e assim declarando seu Santo Nome em respeito à sua Divindade; creio que é mais por histeria e curtição que fazem isso. Em contraste à cristandade, os judeus, por respeito ao nome de Deus e para não caírem no pecado de “dizer o nome de Deus em vão”, nem sequer conjugam o verbo “ser”, pois o verbo “ser” está vinculado a um dos nomes de Deus. Eles também não escrevem Deus, eles escrevem D-us, tudo em respeito e cuidado para com as coisas dEle. Também ao copiar um texto sagrado, quando os judeus erram a grafia do nome de Deus, eles não apagam e reescrevem, pois o nome de Deus é santo e não deve ser apagado, eles recortam aquela parte do rolo, enterram-na e começam de novo. Ah se o povo cristão tivesse esse tipo de respeito pelas coisas sagradas! E depois não sabem porque os ateus, os budistas, os hindus e afins se riem de nós! Deus disse “Meu nome é profanado no vosso meio por vossa causa”

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Mas não, o que importa é a melodia, o conteúdo é secundário. Que se exploda se estivermos abusando do nome Santo de Deus; não importa que a letra não seja 100% bíblica; e daí se cantamos incoerências, o que importa é ser sincero, não é? Não é isso que dizem? Pois é, mas lembre-se de que é possível estar sinceramente errado.

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As letras modernas são um lixo. Minto? Ofendem a poesia e desgraçam a teologia Bíblica. São egocêntricas e gananciosas. Dá-se mais importância para a estética da música do que para a letra. Até o Death metal agora é válido como adoração! Ora, acho meio difícil proclamar o evangelho com a voz de satanás.

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Eu tento imaginar Jesus e os apóstolos cantando essas músicas modernas. Não é hilário de imaginar? Imagine Paulo cantando “dá de volta o que é meu!”; imagine Pedro cantando “quero vestir a tua camisa e andar nas tuas sandálias”; imagine Tiago e Judas fazendo um vocal gutural; imagine o Cristo pulando em uma rodinha punk. É possível? Olha, eu não consigo imaginar isso sem beirar a heresia.

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Sem contar na questão do mercado evangélico. Se eu entrasse nessa questão afundo, tenho certeza que faria muitos inimigos aqui. Mas creio na Bíblia, e a Bíblia diz “o que receber de graça, dê de graça”. Se você recebeu certa música do Senhor, vai vender? Como? “Ah, mas há aqueles que vivem da música!”. E quem disse que a vontade de Deus é que seus filhos vivam da música? Não está escrito “aquele que não trabalhar que não coma”? Você sabia que viver do ministério não é Bíblico, e que Paulo trabalhava para se sustentar, e que na Igreja primitiva se trabalhava fora; ninguém vivia do ministério. Você sabia disso?

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Você sabia que foram os gregos que consideravam o trabalho secular desonroso, enquanto os cristãos serviam a todos, especialmente em suas profissões, “como se estivessem servindo a Deus”? Ninguém vivia de pregar a palavra, pois isso não era uma profissão, era um privilégio e, em alguns lugares, um crime.

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Você sabia que Cipriano (200 d.C) foi o primeiro escritor cristão a mencionar a prática de sustentar financeiramente o clero? Ele dizia que da mesma forma que os levitas eram sustentados pelo dízimo, os cristãos do clero também deveriam!

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Você sabia que não existia salário de clero até antes de Constantino, mas quando ele entrou em cena, ele instituiu a prática de pagar um salário fixo ao clero. Isso quer dizer, 300 de Igreja se passaram onde todos os cristãos trabalhavam e cultuavam, e ninguém vivia às custas de ninguém. E foi só por causa de Constantino que hoje há salário pastoral. E agora, só agora, dois mil anos depois do Cristo ter andado pela terra, é que finalmente descobrimos esse ministério, o da música, o qual os apóstolos desconheciam?

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Viver da música? Tudo bem! Viva! Mas viver da música para o Senhor? Complicado, poderíamos ir fundo nesse debate e especular e puxar versículos de cá e de lá, mas a história não pode ser mudada. Ninguém vivia da música na Igreja primitiva. Isso é fato; não pode ser argumentado. A Bíblia não menciona nada de viver da música, muito menos do ministério. Isto também é fato. Tenho sérias dificuldades de tentar imaginar que os apóstolos, e o próprio Cristo, incentivariam tal ministério, porque afinal, todos eles incentivaram o trabalho e o sustento próprio. A questão é, quanto mais próximo chegarmos da Igreja primitiva, do primeiro século, mais perto da real Igreja estaremos e mais parecidos com Jesus estaremos. E quantas coisas que temos hoje na igreja moderna que podem ser encontradas na Igreja primitiva? Pois é, quase nada. Isso quer dizer que Igreja é outra coisa; Que viver para o Senhor é outra coisa; Que trabalhar para o Senhor é outra coisa.

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Na cristandade a música perdeu o objetivo de abençoar e tomou o propósito de entreter; perdeu o foco de louvor e aderiu ao lucro. As igrejas sabem disso, os pastores sabem disso, os artistas sabem disso, e é por isso que o mercado evangélico é tão grande e movimenta tanto dinheiro. Dinheiro suficiente para resolver o problema de pobreza do país. A questão agora é, “e essa grana toda, vai parar onde?”, para casa do pobre?; para ajudar o necessitado?; para investir na vida? Não, claro que não. Vai parar nas propriedades dos artistas e no bolso dos pastores.

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Você acha que se os evangélicos quisessem tirar metade da população pobre das ruas, já não teriam feito? Se o propósito das vendas de CD, Livros, Bíblias, DVDs fosse realmente abençoar a Igreja e a nação, já não teríamos um Brasil com menos pobreza? Claro que sim. Pesquise, veja quanto uma banda gospel famosa tira de cachê; procure saber quanto o Kaká ganha de salário; busque saber quanto uma denominação arrecada num evento municipal. Fique por dentro do mercado evangélico e você vai dizer a mesma coisa que eu disse: Bando de vagabundo preguiçoso! Vai trabalhar de verdade!

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Ficar jogando futebol e chamar isso de trabalho? Ficar fazendo show pelo mundo a fora e chamar de trabalho? Essas coisas deveriam ser hobbies, não profissões. É razoável e justo que um jogador ganhe rios de dinheiro para correr de um lado para o outro atrás de uma bola, e o lixeiro ganhe tal miséria? É assim que funciona no Reino de Deus? Eu acho que Deus precisa mais do que gols para glorificar o seu nome.

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Se os artistas cristãos quisessem abençoar o Brasil, ao invés de juntar milhares de pessoas nas ruas de SP para pular e gritar o nome de sua banda, eles juntariam todas essas pessoas para limparem as ruas de SP; para irem a cada canto da cidade buscando famílias que estão na rua, e levariam elas para almoçar, jantar, pregar o evangelho e dar abrigo. O Reino não precisa de gente marchando nem pulando e gritando, o Reino precisa de gente servindo, abraçando, tirando dinheiro do bolso e colocando comida na mesa de pobre; construindo casa para quem não tem; dividindo o muito que tem. Bando de ganancioso. Vão trabalhar! Ficar tocando violão e dizer que serve o Senhor com seu ministério de música é fácil, agora vai servir à moda Paulo, à moda Pedro. Vai dar a vida por alguém; vai dar o seu tempo para alguém. Quero ver quantos artistas, pastores e celebridades do mundo cristão ainda vão ter coragem de se chamar cristãos.

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Então por que acho o louvor das igrejas insuportável? Porque de louvor não tem nada. Até hoje só vi um monte de gente querendo mostrar o seu talento e promover sua imagem decima de um palco (assim como eu fazia no mundo); tentando induzir pessoas a estados emocionais favoráveis à petições de dízimos e ofertas; distraindo os jovens; entretendo multidões e tirando o foco do real problema; vi muitos dando remédio psicologia através de terapia musical, mas louvor? Não vi.

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Louvor de verdade vi uma vez uma mulher idosa tocando. Sentada com um violão em casa, sem enxergar direito, sem saber as notas direito, com o violão muito desafinado, cabelos brancos; ela se sentou numa cadeira e tocou um hino para ela mesma cantar e louvar. Artisticamente muito mal tocado, mas aquilo sim era louvor sincero, meu coração se comoveu quando vi ela lá, sozinha, sentada e tocando.

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Quer cantar na igreja? Cante. Mas não chame de ministério, apenas cante! Essa mania de transformar inutilidades eclesiásticas em ministérios ungidos é difícil de aguentar. Quer cobrar cachê? Cobre. Mas use o dinheiro para uma finalidade espiritual e não para satisfazer a sua carne e enriquecer. Quer viver da música? Viva. Mas não diga que foi o Senhor que te chamou e separou para isso. Quer abençoar o povo de Deus com os seus dons? Abençoe. Mas não cobre.
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O que caracteriza a Igreja do Senhor Jesus Cristo são as obras de caridade e a generosidade, de nada adianta ter tudo e “não ter caridade” – 1Cor 13. Lucro, prosperidade, riquezas, adoração, admiração e fãs, são os filhos do mundo que procuram.

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Guilherme Adriano

Comentários

Boa tarde caro Guilherme,

Seu texto me pareceu um pouco confuso, veja bem:

Você diz:

"Louvor não é música."

E logo depois diz:

"Você pode louvar a Deus com música, com choro, com riso, com atitudes, em conversas, no trabalho...enfim, há várias maneiras de louvar."

Louvor não é música, mas pode-se louvar com música? Como funciona isso? Entendo que louvor não seja APENAS música, mas a música é uma parte bem expressiva do louvor exterior a Deus, os anjos cantam Santo, Santo, Santo, louvam eternamente ao único Deus digno de todo louvor.

Entendo que você queira fazer uma crítica a pessoas que louvam a Deus somente com seus lábios e que mantém seu coração distante da vontade de Deus, porém estender essa crítica ao louvor musical não me parece sensato, nem bíblico.

Não se cantava apenas no período veterotestamentário (salmos são cânticos, Moisés e Miriã cantaram ao serem libertados do Egito, Davi tocava e cantava, Ana, mãe de Samuel, cantou ao Senhor, os profetas declaravam que devemos cantar ao Senhor etc.), mas no período neotestamentário e na igreja primitiva também existem diversas menções aos cânticos de louvor, começando por Maria, mãe do Senhor Jesus, que louvou a Deus com um belo cântico (Magnificat), no nascimento do Senhor Jesus, uma grande multidão de anjos apareceram cantando e louvando a Deus, ao entrar em Jerusalém montado em um jumento, o Rei Jesus foi recebido pelo povo que cantava em alta voz ‘Hosana!’, durante a Santa Ceia, na celebração da Nova Aliança, Jesus e seus discípulos cantavam hinos logo antes de saírem para o monte das oliveiras, os apóstolos oravam e cantavam hinos a Deus ao serem presos e perseguidos. O cântico de louvor é parte integrante da igreja do Senhor tanto quanto a oração, e a instrução.

Se as canções de louvor não estão descritas na Bíblia como parte da vida cristã, então acho que terei que trocar de Bíblia.

A graça, a paz, a sabedoria, o amor, e a justiça de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo sejam contigo meu amado irmão.


"Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento." (1 Corintios 14.15)

"E mais: "Louvem o Senhor, todos vocês, gentios; cantem louvores a ele todos os povos". (Romanos 15.11)

"Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo." (Efésios 5.18-20)

"Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações." (Colossenses 3.16)

"Cantem louvores ao Senhor, pois ele tem feito coisas gloriosas, sejam elas conhecidas em todo o mundo." (Isaías 12.5)

"Cantem ao Senhor! Louvem ao Senhor! Porque ele salva o pobre das mãos dos ímpios." (Jeremias 20.13)

"Assim diz o Senhor: "Cantem de alegria por causa de Jacó; gritem, exaltando a principal das nações! Proclamem e dêem louvores dizendo: ‘O Senhor salvou o seu povo, o remanescente de Israel’." (Jeremias 31.7)

"Cante e alegre-se, ó cidade de Sião! Porque venho fazer de você a minha habitação", declara o Senhor." (Zacarias 2.10)

"Cantem de alegria, ó nações, com o povo dele, pois ele vingará o sangue dos seus servos; retribuirá com vingança aos seus adversários e fará propiciação por sua terra e por seu povo." (Deuteronômio 32.43)

"Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta." (Zacarias 9.9)

"Ofereçam música a Deus, cantem louvores! Ofereçam música ao nosso Rei, cantem louvores!" (Salmos 47.6)

(continua)
(continuação)

"Batam palmas os rios, e juntos, cantem de alegria os montes;" (Salmos 98.8)

"Cantem para ele, louvem-no; contem todos os seus atos maravilhosos." (1 Crônicas 16.9)

"Cantem para ele e louvem-no; relatem todas as suas maravilhas. " (Salmos 105.2)

"Cantem a Deus, reinos da terra, louvem o Senhor" (Salmos 68.32)

"Cantem louvores ao seu glorioso nome; louvem-no gloriosamente! " (Salmos 66.2)

"Cantem de alegria a Deus, nossa força; aclamem o Deus de Jacó!" (Salmos 81.1)

"Cantem-lhe uma nova canção; toquem com habilidade ao aclamá-lo." (Salmos 33.3)

"Cantem ao Senhor, todas as terras! Proclamem a sua salvação dia após dia!" (1 Crônicas 16.23)

"Como é bom render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo" (Salmos 92.1)

"Os meus lábios gritarão de alegria quando eu cantar louvores a ti, pois tu me redimiste." (Salmos 71.23)

"Eu te louvarei, ó Senhor, entre as nações; cantarei teus louvores entre os povos." (Salmos 57.9)

"Aleluia! Como é bom cantar louvores ao nosso Deus! Como é agradável e próprio louvá-lo!" (Salmos 147.1)

"E eu te louvarei com a lira por tua fidelidade, ó meu Deus; cantarei louvores a ti com a harpa, ó Santo de Israel." Salmos 71.22

"Eu te darei graças, ó Senhor, entre os povos; cantarei louvores entre as nações," (Salmos 108.3)

"Quero cantar ao Senhor pelo bem que me tem feito." (Salmos 13.6)

"Em ti quero alegrar-me e exultar, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo." (Salmos 9.2)

"Meu coração está firme, ó Deus, meu coração está firme; cantarei ao som de instrumentos!" (Salmos 57.7)

"Tu me alegras, Senhor, com os teus feitos; as obras das tuas mãos levam-me a cantar de alegria." (Salmos 92.4)

"Meu coração está firme, ó Deus! Cantarei e louvarei, ó Glória minha!" (Salmos 108.1)

"Cantarei uma nova canção a ti, ó Deus; tocarei para ti a lira de dez cordas" (Salmos 144.9)

"O pecado do homem mau o apanha na sua própria armadilha, mas o justo pode cantar e alegrar-se." (Provérbios 29.6)

"Ouçam, ó reis! Governantes, escutem! Cantarei ao Senhor, cantarei; comporei músicas ao Senhor, ao Deus de Israel." (Juízes 5.3)

"Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para cantarem ao Senhor e o louvarem pelo esplendor de sua santidade, indo à frente do exército, cantando: "Dêem graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre"." (2 Crônicas 20.21)

"Aleluia! Louvem a Deus no seu santuário, louvem-no no seu poderoso firmamento. Louvem-no pelos seus feitos poderosos, louvem-no segundo a imensidão de sua grandeza! Louvem-no ao som de trombeta, louvem-no com a lira e a harpa, louvem-no com tamborins e danças, louvem-no com instrumentos de cordas e com flautas, louvem-no com címbalos sonoros, louvem-no com címbalos ressonantes. Tudo o que tem vida louve o Senhor! Aleluia!" (Salmos 105.1-6)
Irmão, a sua pergunta é a sua respsota. Você disse: "Louvor não é música, mas pode-se louvar com música?" Exato.

"Entendo que louvor não seja APENAS música, mas a música é uma parte bem expressiva do louvor exterior a Deus" Exato.

Essa é a toda a questão. Louvor não é música, mas a música faz parte do louvor; louvor é muito mais do que música. E isso é algo que os evangélicos não entendem bem.

A minha crítica ao louvor musical não é ao louvor musical em si, como aliás deixei bem claro no começo do texto, mas é ao que se faz com o louvor musical e como se faz ele hoje em dia.

Como disse no texto, gosto de cantar; cantar com a igreja é bom e Bíblico, mas como se faz isso hoje em dia não é nada Bíblico, e nisso creio que concordamos plenamente.

Não é difícil perceber o motivo por detrás do "louvor" cristão moderno. Creio que nisso também concordamos.

Não há regitros históricos, nem Bíblicos, de uma liturgia para os cristãos. O novo testamento não apresenta nenhuma. Herdamos ela dos católicos ao reformar a Igreja, apenas a modificamos um pouco. O louvor musical como parte indispensável do culto não é Bíblico.

Creio que também concordamos com isto: que para que haja um culto, o louvor musical não é necessário. É agradável mas não necessário.

Os Judeus cantavam como parte da liturgia do Templo. Verdade. Mas a Igreja primitiva não tinha uma liturgia, portanto não sabemos. Sabemos que os cristãos cantavam. Mas também sabemos que "ministério de louvor com música" não existia. Música não era uma função separada de alguns, era de todos e era espontânea.s

O povo de Deus era reconhecido por cantar de alegria, e não de obrigação. Essa é a questão principal da minha crítica. A maioria das igrejas, e isso não é difícil de perceber, canta não mais por espontaniedade nem alegria, mas porque faz parte da liturgia cantar antes de escutar a pregação.

Meu pontos continuam os mesmos:
1 - Poucos na igreja moderna sabem o que é louvar, e o papel da música na Igreja.
2 - "Musicolatria" é um problema na cristandade.
3 - As músicas evangélicas atuais são heresia pura.
4 - O mercado evangélico é uma babilônia.
5 - Música não é um ministério Neotestamentário.
6 - Cantar é Bíblico, é uma expressão de louvor, mas não é o louvor em si. Louvar e cantar são coisas diferentes.

Se concordamos nesses pontos, então nos desentendemos, mas concordamos.

Obrigado Irmão.
Caro irmão Guilherme,

A graça e a paz de nosso Senhor Jesus. Entendo o seu ponto de vista, mas você não contextualiza o panorama histórico cultural de Jesus e os discípulos ao nosso panorama atual, na época de Cristo não existia guitarra, bateria, baixo, microfone, violão elétrico, entre outros diversos instrumentos musicais, como posso afirmar que os mesmos seriam desagradáveis ou menos importantes para louvar a Deus com cânticos?

Concordo que a Bíblia não apresenta objetivamente uma liturgia estruturada com começo meio e fim no Novo Testamento, contudo da mesma forma não encontro uma orientação objetiva na Bíblia propondo que NÃO se deva ter uma liturgia bem estruturada e organizada que oriente o culto. Em outras palavras, sendo de coração sincero e conforme a vontade revelada do Senhor nas sagradas escrituras, um culto pode muito bem ser formal (bem estruturado) ou informal (espontâneo).

Quando eu disse que achei seu texto confuso, estava me referindo a essa ânsia de defender seu argumento forçando seu ponto de vista com contradições desnecessárias. Ex.:

"Adorem, louvem com hinos, com cânticos, com tudo o que há em vocês, mas façam com singeleza de coração e não chamem isso de ministério de louvor, nem de louvor, apenas de música para Senhor!"

Se cantar músicas ao Senhor é uma das diversas maneiras de louvá-Lo, por que essa necessidade intransigente de chamar essa forma de louvor "apenas de música para o Senhor" e não chamá-lo do que verdadeiramente é, uma forma de louvar a Deus? (inclusive uma forma muito incentivada pela Bíblia conforme transcrito no comentário anterior)

Você não precisa forçar esse ponto para provar o argumento legítimo de que algumas igrejas erram ao focar demasiadamente o louvor musical em detrimento da pregação expositiva da Palavra de Deus.

As igrejas precisam de cultos equilibrados, com louvor musical autêntico, zelo pela pregação Cristocêntrica e expositiva da Palavra de Deus e a dependência total do Espírito Santo, crescendo em oração, comunhão, piedade e fé, que serão seguidos naturalmente por frutos agradáveis ao Senhor.

Ademais, não consigo imaginar Paulo que, influenciado pelo Espírito de Cristo, tanto cantou, chorou, instruiu, estudou, amou e incentivou o cântico espiritual que louva sinceramente ao Senhor, desenhando todo esse argumento para abolir uma liturgia equilibrada como a que descrevi, ou desestimulando os louvores em forma de cânticos organizados e equilibrados durante os cultos.

Apesar disso, consigo imaginar claramente o mesmo Paulo criticando e combatendo cultos desequilibrados como os que você descreveu.

Que a graça, a paz, o amor, a sabedoria e a verdade absoluta do Senhor seja contigo querido irmão.

Ronaldo
Vinho novo em odres novos. "O Vinho do Evangelho de Cristo não cabe na liturgia Judaica antiga. Estraga o Evangelho e rompe a liturgia." - Ed Renê Kivitz

Eu também gostaria de ter uma liturgia saudável, flexível, aberta e Bíblica. Realmente gostaria.

Jesus não condenaria os instrumentos, concordo com você. Mas tenho certeza que Ele condenaria o que se faz com esses isntrumentos hoje em dia.

Paulo, com certeza argumentaria contra a Igreja moderna, assim como argumentou com a Igreja antiga. Creio que a igreja moderna não é o que Cristo tinha em mente.

Sou tão chato, não em querer rotular ou desrotular o louvor com música, mas sim em "desacerdotar" uma função que é de todos. Enquanto continuarmos chamando de ministério de louvor e tratando pessoas como se chamadas por DEus para exercer tal função, continuaremos criando hierarquia dentro da Igreja.

Musicolatria é um problema grande hoje.

Irmão, você frequenta alguma denominação?
Sugiro que você leia os livros de Frank A. Viola
Bom dia irmão Guilherme,

Não posso dizer que concordo totalmente com a afirmação de Ed Renê Kivitz. Precisaria estudar melhor o contexto da parábola de Jesus sobre o Vinho Novo (Mc 2.22, Lc 5.37, Mt 9.17), de antemão penso que essa é uma crítica legítima ao legalismo judaico nas aparências exteriores ("sepulcros caiados") e não à liturgia bíblica-judaica.

Nesse ponto é importante lembrar que Cristo não veio para abolir a Lei mas para cumpri-la. Paulo criticou diversas vezes os costumes, tradições e rituais judaicos desnecessárias tendo em vista a nova e superior Aliança em Cristo, não me recordo de Paulo criticar a liturgia bíblico-judaica (cânticos, leitura das sagradas escrituras, oração).

Bom, concordamos que uma liturgia equilibrada é saudável, pois nos leva a conhecer e adorar sinceramente o único digno de todo louvor. Da mesma forma, concordamos que uma liturgia desequilibrada levará ao oposto.

Gosto de dizer que freqüento a igreja do Senhor Jesus Cristo rsrsrs, me converti pela ação do Espírito Santo ao ler a Palavra de Deus sozinho em meu quarto, após um ano de evangelização de alguns colegas do trabalho multi-denominacionais. Freqüentei inicialmente uma igreja pequena e independente chamada Frutos da Vide (pentecostal), posteriormente, com a conversão da minha esposa, passei a freqüentar a Igreja Presbiteriana do Jaó (tradicional), tudo isso em Goiânia-GO.

Espero que minha resposta tenha sido satisfatória rsrsrs.

Que Deus nos abençoe com sabedoria pura e cristalina que vem do alto, para que possamos ser luz no mundo e sal na terra segunda a boa vontade de nosso Senhor Jesus Cristo.

Ronaldo
Obrigado Irmão Ronaldo...

Guilherme Adriano
Unknown disse…
Irmão...
Concordo em partes com seu post.
Qnd vc diz q Ministério de louvor não está no coração e é invenção de homens, eu não concordo.

Na Bíblia vê se claramente q Deus separou os levitas, alguns eram responsáveis por cuidar do templo e outros da música.

No Novo Testamento o conceito de divisão em Tribos ñ foi levado a Igreja, mas o ministério sim...

Eu acredito sim nesse Ministério, pq já vi o Senhor usar vários profetas para liberar palavras proféticas e Ele usava o termo Ministério de Louvor da Igreja.

Irmão, peça a Deus q lhe mostre.

Sds.
Não irmã, o Novo Testamento não traz o termo Ministério para música. Aliás, o Novo Testamento não fala de Música. Fala sobre alguns ministério, mas não no de música.
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Sim, Deus separou os levitas: para os Hebreus. Mas não há mais sacerdócio levítico. Ele acabou, está escrito em Hebreus. Não há mais povo separado que adora por, ou para, nós. Todos temos acesso livre e adoramos como Igreja.
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Sim você está certa, o conceito de tribo não é aplicável à Igreja. Sim, há ministérios. Uns sabem cuidar de gente, então exercem função de pastorear, outros sabem pregar e outros sabem ajudar. Mas primeiro, essas funções não são exclusivas para um grupo de cristãos. O sacerdócio Neotestamentário é universal, Pedro disso isso. E segundo, não há menção de ministério de Música. Isso é invenção nossa. Assim como eu, você não conseguirá achar um versículo apenas que diga isso no Novo Testamento. E se nós começarmos a ir além do que está escrito e interpretar novos ministérios dos quais a Bíblia não faz menção, então tudo pode ser dito e qualquer ministério pode ser criado.
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Você acredita nesse ministério, tudo bem. Podemos ter opiniões direntes. O fato de você ter visto profetas libertarem pessoas não depende do termo que eles usavam, e sim da vontade de Deus.
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Ministério de Louvor não é Bíblico irmã. Todos nós louvamos, isso é uma dádiva nossa, e não um ministério. Ministério de música não pode ser encontrado no Novo Testamento. Podemos tocar, cantar, dançar, mas não podemos chamar isso de Ministério, pois não está na Bíblia, nem na história da Igreja primitiva, e quando começamos a ver esses conceitos ministeriais alternativos, é por causa da influência do império romano e das religiões pagãs.
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Você pode crer num Ministério de Música, apenas não pode prová-lo pela Bíblia que ele é legítimo. Deus usa gente que faz música para a congregação, claro que usa, e muito! Mas isso não quer dizer que Deus os separou para exercer essa função ministerial espicífica. Ora, quem tem dons deve usá-los para louvar a Deus. Mas daí chamarmos isso de Ministério e dar a esse termo toda a importância, proeminência e destaque que a palavra em si traz, é coisa nossa mesmo.
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Irmã, de que congregação você faz parte?
Irmão Guilherme, respondi sobre minha congregação, mas não perguntei sobre a sua, o irmão congrega onde?

Cordialmente,
Ronaldo
Quando era menor congregava numa chamada Vida Nova, mas eu não era convertido na época, mas logo tinha me tornado adolescente e desisti da bíblia e da igreja.

Somente aos 18 anos fui encontrar Jesus. Desde então tenho congregodo na casa de uns irmãos meus amados que tem pregado o Evangelho há muitos anos. Não faço parte de nenhuma denominação. Já tentei, mas as que estão presentes aqui na minha cidade estão muito podres.
Caro Guilherme,

Bom saber que você congrega na casa de amados irmãos, minha experiência com igrejas foi muito feliz, graças a Deus, as duas que participei até hoje se mostraram fiéis à Palavra de Deus acima de qualquer coisa.

Deus tem trabalhado muito meu coração nessas igrejas, e muito além delas também, tenho sido edificado por belas pregações expositivas da Bíblia, que o Senhor Jesus continue nos guiando por este mundo vil através de seu Santo Espírito, nos fortalecendo e nos santificando para o louvor e a glória do Pai.

Maranata, vem Senhor Jesus!

A graça e a paz de Deus e de nosso Senhor Jesus,
Ronaldo
Brunna disse…
"Deus usa gente que faz música para a congregação, claro que usa, e muito! Mas isso não quer dizer que Deus os separou para exercer essa função ministerial espicífica. Ora, quem tem dons deve usá-los para louvar a Deus. Mas daí chamarmos isso de Ministério e dar a esse termo toda a importância, proeminência e destaque que a palavra em si traz, é coisa nossa mesmo. "

Irmão, as experiências que Deus tem me dado não me permitem concordar com isso. Quando Deus me chamou, nem sabia quem era Jesus, achava que ser "crente" chato pq não podia comer doce de são cosme e damião. Porém com 12 anos comecei a ir para Igreja, ia sozinha e lá o Senhor usou um profeta e me fez uma promessa: Que eu seria Levita na Casa dEle. Eu nem ao menos sabia o q era essa palavra.

Me mudei e não fui mais a Igreja. ANos Depois o Senhor se encarregou de me trazer de volta, com 16 anos, e ali Deus me fez novamente essa promessa e usou novamente as mesmas Palavras através de um profeta.

É verdade que não precisamos ser Levitas para entoarmos louvores, nem precisamos ser Pregadore para falarmos de Jesus, nem precisamos ser mestres para ensinarmos a Palavra. Porém existem pessoas que são separadas para isso, levam boa parte de suas vidas se dedicando a um serviço para o qual Deus lhe chamou. Eu chamo isso de Ministério.

No dicionário Ministério significa ofício, cargo, função, serviço. Bom, na minha vida Deus fez isso, me chamou para essa função, esse serviço, esse Ministério.

É assim que vejo, não posso ver diferente, pois o próprio Deus me separou para isso.

Sds.
O sacerdócio dos Levitas acabou. Levita é da tribo de Levi, faz sacrifícios, ofertas, ensina torah E cantava no Templo. Desde a cruz Deus não tem mais casa templo nem sacerdócio separado. O sacerdócio é universal, todo cristão é sacerdote, leia pedro. E o sacerdócio levita acabou, leia Hebreus.

Não a conheço Bruna, nem o profeta que te disse isso, mas tenho que ser sincero, não acredito nessa profecia, é muito vaga e sem respaldo neo-testamentário. Não duvido da sua sinceridade nem do seu amor por Cristo, mas duvido da profecia.

O argumento do post continua o mesmo.
Este comentário foi removido pelo autor.
http://romanos12.blogspot.com/2009/12/pregacao.html

Escute essa pregação irmã, talvez ajude.
Boa tarde caro Guilherme,

Depois dê uma olhada nesse post de um blog que respeito muito por sua fidelidade bíblica, o fala um pouco sobre esse tema postado em seu blog:

http://tempora-mores.blogspot.com/2011/06/email-uma-dirigente-do-louvor.html

A graça e a paz de nosso Senhor Jesus,
Ronaldo
Valdibreder disse…
Santa discussão infrutifera, Batman! Se a pessoa chama de ministério de louvor, equipe de louvor, grupo de louvor, que problema?
é claro que há distorções,mas o tal Guilherme é por demais radical, tchê! Só porqe não tem na Biblia, não pode? Deus não quer? Posso falar o que Deus gosta ou não gosta? não sou judeu, vivemos em outra cultura. Se as tribos chamam sua musica de momento musical, dança da chuva, grupo de adoraçao, roda para a natureza, e dai? a música faz parte da vida tribal desde sempre. Eles vao lá e cantam e dançam. Quem poe nome é quem chega de fora! Té-logo pra esses teólogos!
Podem chamar do que quiser...o problema não é esse, mas é que eles acham que foram chamados por Deus, especialmente, de maneira sobrenatural, para exercer esse ofício, e por isso investem horrores em coisas inúteis, como shows, CDs, DVDs, imagem, etc., e depois têm a coragem de dizer que foi uma benção.

O que nos preocupa não é a teologia envolvida, pois de fato não há nenhuma, mas a praxis e seus resultados!
Unknown disse…
Pude notar, que em muitos casos, esse assunto atingiu o EGO das pessoas que comentaram, pois os comentários saíram da idéia inicial e procuraram um ponto fraco no texto para se basear em uma argumentação fraca e falha, pois, se for bem lido, da para entender todos os casos como ele fala e sobre quem ele quer falar... Acredito que deveria ser lido sem preconceitos e, se isso não fosse impossível, deveria dar idéias construtivas e não atingir partes falhas do texto, isso é uma arma muito fraca, que não prova nada e nem muda conceito nenhum... Aqui deu pra notar perfeitamente que ele não quis atingir ninguém e, pude notar que todos seus argumentos são baseados em fatos e poucos em idéias, em experiência e poucos em opnião. Vamos ser claros pessoal e não tirar partes de um texto e tentar distorce-lo, isso é hipocrisia, vamos ser sinceros conosco mesmos, pois não existe mais quem responda por nós nessa terra, só nós mesmos, e se não pedirmos respaldo de Deus, isso que aconteceu aqui, acontecerá muitas vezes... Abraços e me perdoem se atingi alguém, mas se o chapéu serve, a culpa não é minha é de nós mesmos...

ass: luca

we are not perfect, just forgiven...