Não creio no cristianismo


Não se julga um movimento a partir de seus seguidores, e sim de seus fundadores!
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Descobrimos o que é o Catolicismo Romano estudando suas doutrinas e os Papas; entendemos o Nazismo olhando para Hitler, suas ações e intenções; Socialismo, em Karl Marx e seus escritos; Islamismo, em Maomé e sua pregação; Calvinismo, em João Calvino, sua vida e sua obra; Darwinismo, em Charles Darwin, e o que ele quis com sua teoria; Cristianismo (Bíblico), em Jesus Cristo, sua pregação e vida! Devemos analisar e julgar movimentos olhando para seus fundadores e suas intenções!
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Segundo Jesus, você pode conhecer a árvore pelos seus frutos; a idéia pelo seu idealizador; o movimento pelo seu líder; uma religião pelo seu deus; uma pregação pelo seu pegador e um livro pelo seu conteúdo.
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Não poderia julgar o cristianismo pelos cristãos, pois nem todos que se dizem cristãos são de fato; nem todos que se professam cristãos imitam o seu Senhor: Jesus Cristo! [Os inquisidores se diziam discípulos de Jesus Cristo, no entanto perseguiam e matavam muitos!] Na verdade, o cristianismo, como popularmente conhecemos, é razão única e suficiente para negá-lo. Mas lembre-se: abusos feitos “em nome de”, são a-b-u-s-o-s, e não correspondem à doutrina em si.
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Há pouco li um livro muito interessante, porém muito tendencioso e agressivo. Deixe-me escrever aqui como ele começa: [...] 2000 anos de terror, perseguições e repressão, que resume algumas das piores atrocidades cometidas em nome dessa ideologia [...] Os que duvidam disso são proclamados imediatamente hereges, e sofrerão mais tarde os raios da Inquisição. [...] nascido duma virgem, que se manterá virgem mesmo tendo vários outros filhos [...] Os condenados pela justiça romana são declarados “mártires” e os seus restos são venerados nas igrejas, inventando-se a lenda de eles terem sido executados por terem “recusado a renegar a fé”.
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Quem “perseguiu”, “reprimiu” e “cometeu atrocidades em nome de”? (Os discípulos de Jesus?) A quem pertence o “santo ofício” da “Inquisição”? (A Cristo?) De onde provém a doutrina da “perpétua virgindade de Maria”, “imaculada concepção da mãe de Deus?” e da “transubstanciação” (Da Bíblia?) Às ordens de quem são “venerados” os restos mortais dos mártires? (De Deus?) Não irmãos!
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Antes de “jogar” todos aqueles que se dizem cristãos “no mesmo saco” e espancá-los com o “porrete da razão e da justiça”, lembre-se de que os Cristãos também eram vítimas dos cristãos.
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O livro todo (citado acima) comete o erro de insistir que o cristianismo verdadeiro é este, querendo desbancar a obra de Jesus pelos abusos feitos “em nome de”. Ora, sabemos muito bem que nenhuma dessas doutrinas pode ser encontrada na Bíblia. Sabemos que todas essas coisas provêm do catolicismo romano. Sabemos que o cristianismo, como popularmente o conhecemos, tem muito de “anismo” e nada de “cristi”.
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Dizer que "Deus não existe porque os cristãos mataram muita gente," é a mesma coisa que dizer que "os carros não existem, pois atropelam muita gente".
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Após ler um livro sobre a filosofia anti-cristã de Schopenhauer não pude evitar de dar “risadinhas”. Francamente, esperava mais. Ora, vi o mesmo erro se repetindo. No livro ele comenta que “...é impossível que exista um Deus tão contraditório, que ao mesmo tempo oferece graça a todos mas predestine alguns ao fogo eterno sem que eles possam escolher”. Esta idéia é de Calvino, e Jesus não responderá pelos abusos de Calvino. Jesus deixou bem claro “todo aquele que vier eu não rejeitarei”, “...para que todo aquele que nele crer tenha vida eterna”, e ainda mais várias passagens. Metade do livro foi baseado nesse argumento da predestinação unilateral que não dá chances a certas pessoas de se converterem. A outra metade foi afirmando que “[...] os cristãos chicoteiam seus animais até não agüentarem mais, [...] torturam animais e riem-se disso [...], em contraste com “o importante papel representado pelos animais através de todo o budismo e bramanismo, em comparação com seu completo desprezo no judaísmo e cristianismo”. (Argumentações de peso, não?) E outra pequena parte é dedicada à doutrina do "corpo físico sendo naturalmente mau", o que não encontramos no Evangelho, apenas no cristianismo gnóstico. De novo vemos Deus sendo acusado pelos nossos abusos e doutrinas.
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O Calvinismo depende do Evangelho, mas o Evangelho não depende do Calvinismo, muito menos responde pelos presos e queimados que João Calvino condenou enquanto estava no poder. [Um conselho aos Calvinistas: se quiserem crer em tal doutrina, tudo bem, creiam, apenas não preguem sobre ela. Almas não são libertas pela pregação Calvinista, e sim pelo Evangelho de Jesus.]
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[Engraçado ver que há tantos livros anti-cristãos que tratam APENAS dos a-b-u-s-o-s feitos “em nome de”, mas até hoje não vi um bom livro (ateu) tratando, por exemplo, do Islamismo e dos ensinos de Maomé. O que acontece no mundo islâmico não é abuso, é doutrina; é ensino do próprio Maomé; é jihad, porém ninguém escreve contra eles; ninguém tem problema com Alá. Também ninguém escreve sobre a crueldade das castas. O real problema sempre é Jesus. Não parece que há um ódio sobrenatural e inato contra o Deus de Abraão, Isaque e Jacó? (escrevi sobre isso no post “Stairways to heaven”)]
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Segundo Jesus, nem tudo que parece, é! Mas então como saberemos distinguir entre o bem e o mal; entre o amargo e o doce (segundo Isaías); entre o fruto bom e o fruto mau (segundo Jesus); entre os verdadeiros mestres e os falsos mestres (segundo Pedro); entre o cristianismo e o Caminho de Jesus Cristo? Conhecê-lo-emos através de seus frutos, que revelarão sua natureza!
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Por isso no começo do post disse que: Não julgo movimentos pelos seus seguidores, e sim pelos seus fundadores e suas intenções! O Evangelho não está comprometido com “abusos feitos em nome de”. Deus não será julgado pelo cristianismo.
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O Evangelho de Jesus Cristo não tem essa cara, não tem essa forma e não tem esse objetivo. O Evangelho trata da Verdade, e a Verdade é uma pessoa, e essa pessoa é o próprio Deus: O Evangelho, portanto, trata de Deus, e Deus não afirma absurdos, não dá escândalo e não comete abusos.
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Cristãos: Não canonizem tudo e todo aquele que vem “em nome de”. Não creia em tudo aquilo que está sob a bandeira “gospel”. Aprendam isto: Duvidar não é pecado. Lembre-se que o “joio” é bem parecido com o “trigo”. Aquilo que não tem cara de Jesus, descarte!
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Descrentes: Desvinculem Cristo do cristianismo. Se você quiser saber quem Deus é, leia a Bíblia. Se você quiser conhecer a Deus, dê meia volta e ande na direção dEle. Se quiser ter comunhão com Deus, ore. Se você quiser ser perdoado, arrependa-se. Abaixe sua guarda, abra o seu coração, aceite o diagnóstico de Deus. Ao invés de entisicar o seu amigo cristão, dê-lhe uma chance de pregar a Palavra e abra o seu coração.
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Jesus Cristo não veio à Terra fundar o cristianismo. Não se justifique condenando os cristãos quando eles erram e os não cristãos quando abusam do bom nome de Deus.
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Conheceremos a árvore pelos seus frutos; o pregador pela pregação; o movimento pelo seu líder. Tenho grandes dúvidas a respeito da igreja moderna e dos atuais cristãos, mas graças a Deus a minha fé não depende de pessoas. O Reino de Deus não depende do mundo gospel. Não se interpreta a Bíblia à luz de livros cristãos. Cristianismo não é algo que se faz de domingos e quartas. Pastores não têm a palavra final.
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Jesus não estava brincando de religião nem era Seu propósito criar uma que era melhor que as outras. Jesus veio nos dar a redenção, aquilo que sozinhos, nunca conseguiríamos.
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Então por favor, não diga que Cristo era cristão, e se você é Filho de Deus, oponha-se às barbaridades feitas sob a bandeira “gospel”. Não se deixe confundir por mais um desses insensatos e loucos, viva como filho de Deus “para que assim as suas boas obras brilhem diante dos homens e eles GLORIFIQUEM a Deus”.
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Cremos no Evangelho apesar dos evangélicos; somos cristãos apesar do cristianismo. Creia em Cristo e deixe os homens "para serem enterrados" com os homens.
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Guilherme Adriano

Comentários

Unknown disse…
quem vai ser hipócrita o bastante para dizer que isso é um julgamento?
Unknown disse…
isso são VERDADES e não JULGAMENTOS, saiba distinguir com sabedoria...
Anônimo disse…
Muito bom Gui,I'm so proud of you!!!
Don disse…
Oi Guigo. Desculpe não ter te enviado meu email ainda, em partes perdi tempo com passatempos e em partes estou estudando os assuntos da aula e alguns fora que estou me aprofundando. Eu ia comentar anônimo, mas pensei bem e achei muito mais ético deixar claro que sou eu aqui.

Sob que condições uma crença é racional? E, para aprofundar, o que torna um culto racional estar ligado à verdade?

Um abraço!
"Sob que condições uma crença é racional" - quando ela não entra em contradição com a razão e nenhum de seus campos de estudo, e quando, para crermos, não precisamos deixar a razão de lado.

"para aprofundar, o que torna um culto racional estar ligado à verdade" - A razão é uma dádiva de Deus. A razão pode levar o homem à verdade. Um culto racional (uma adoração baseada também na razão) retira da mente a fantasia e a superstição e coloca os pés do homem no chão, assim levando-o a verdade.

"Dois excessos: excluir a razão e admitir apenas a razão." (Blaise Pascal)

Abraço cara!
Anônimo disse…
Hi guigo, how are things going...
I'm writting here, because is the 'only' way to talk with you :B

"nice post"
Could you please orkut me?
Jaqueline Ristau

P.S Wenesday is lizi's b. day.

maybe we are going to eat some pizza..

let's talk a little
Dani disse…
Muito bom! Enfim encontro um texto pensante que não é de um Calvinista!!!