Ciência do milagre


Milagre: Fato que se atribui a uma causa sobrenatural. Efeito cuja causa escapa a razão humana (Dicionário Michaelis).

Na argumentação de David Hume, filósofo francês, uma milagre é uma violação das leis conhecidas da natureza. Por exemplo, se eu segurar um lápis à altura dos meus ombros e soltá-lo, ele cairá, não importa quantas vezes eu fizer esse teste ele dará o mesmo resultado, pois o lápis obedece às leis da gravidade. Se algum dia eu fizer essa experiência e o lápis não obedecer a essa lei, e ao invés de cair, pairar sobre a mesa, então isso será um milagre.

Quando as leis da natureza, observáveis e comprováveis, são suspendidas ou violadas, há um milagre! Apesar de não concordar com muitos argumentos do filósofo, com este concordo plenamente: um milagre é uma violação às leis da natureza.

Com isso proponho dois desafios.

Desafio 1: Não arrume o seu quarto por um ano, nem sequer entre nele nesse período, o que acontecerá? A) Ele ficará cada vez mais limpo. B) Ele ficará mais sujo.

Deixe qualquer objeto, de qualquer material, exposto ao tempo, com o passar dos anos: A) Esse objeto se tornará mais durável. B) O objeto se deteriorará.

Com o passar dos anos, um carro se torna: A) Mais bem conservado. B) Menos conservado.

Ora, mas as respostas dessas perguntas são óbvias. Por quê? Porque há uma lei da física -segunda da termodinâmica- que diz: o estado mais provável para qualquer sistema natural é um estado de desordem. Todos os sistemas naturais se degeneram quando abandonados a si mesmos (Lord Kelvin como citado em A.W. Smith e J.N. Cooper, Elements of Physics).

Uma resposta pode prontamente ser dada à pergunta, a Segunda Lei da Termodinâmica falhou? Ainda não (Frank A. Greco, Físico).

Não há nenhum experimento registrado na história da ciência que contradiga a segunda lei e seus corolários (G.N. Hatspoulous e E.P. Gyftopoulos, Físicos).

A segunda lei da termodinâmica é infalível!

Portanto, a evolução das espécies, progresso paulatino e contínuo a partir de um estado inferior ou simples para um superior, mais complexo ou melhor, por definição científica, é um milagre! Ela viola a segunda de lei da termodinâmica que diz que um sistema natural abandonado por si mesmo tende a desordem, sempre!

Por definição científica, a evolução das espécies é um milagre, pois viola leis comprováveis e observáveis da natureza, e milagres fogem do empirismo. Milagres são acreditados por fé, algumas vezes, observáveis, mas nunca comprovados através de experiências de laboratórios.

Milagre!? Isso é algo sobrenatural, portanto vinculado a fé. E fé, cada um tem a sua.

Proponho, outro desafio: exploda um carro, o que acontecerá? Os seus destroços cairão organizadamente formando um novo carro funcional, ou se espalharão por toda a parte? Exploda uma tipografia, o que acontecerá? A explosão resultará na formação de livros ou em ruínas? Exploda a sua casa, ela se transformará em outra casa, ou virará destroços? Exploda qualquer coisa, mesmo, qualquer coisa, o resultado da explosão será algo mais organizado? Não! Nunca! (A não ser que seja uma explosão manipulada!)

Então, de acordo com o cientista Adauto Lourenço, nós podemos criar uma regrinha científica que diz que toda explosão, não manipulada, causa o caos. Como sei que essa lei que acabei de criar é verdadeira? Pois posso testá-la mil vezes e sempre terei o mesmo resultado; posso explodir mil coisas e as mil coisas me darão o mesmo resultado: desordem! Portanto, lei verificável e verdadeira.

Então, por definição científica, o Big-bang, é outro milagre! E é pois foge a uma regra científica, natural, extremamente básica, verificável e observada ao longo dos milhares de anos. O Big-bang é, segundo Adauto Lourenço, a única explosão que já houve no universo que trouxe organização de matéria. Pode-se dizer então que o Big-bang é uma violação à regra? Sim: Milagre!

Milagres estão vinculados à fé, e fé, como dito antes, cada um tem a sua.

As duas maiores provas “infalíveis” (Big-bang e evolução das espécies) que dão base para filosofias ateístas, são, por definição científica, milagres. As duas teorias naturalistas são baseadas em pressuposições de implicações sobrenaturais. Em outras palavras, como Dinesh D’Souza disse: a ciência natural é baseada no sobrenatural. O explicável é baseado no inexplicável. O observável é formado pelo invisível.

Para acreditar que somos fruto do acaso, precisa-se ter muita fé!

Antes de dogmatizar afirmações obtidas por terceiros, pense bem, para ter certeza se você realmente acredita em tais afirmações, ou se está apenas repetindo algo que achou conveniente acreditar.

Guilherme Adriano

Comentários

Anônimo disse…
Leio todos os teus posts e me admiro de como uma pessoa tao jovem pode ter tanta fe e conhecimento. Tu es uma bencao!